segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Entrevista com a Mindborn

Entrevista com a Mindborn

FEITA ORIGINALMENTE EM 10 DE OUTUBRO DE 2007

O Mindborn surgiu no ano de 2007, em Florianópolis. Uma banda de Thrash Metal “Moderno”, que em pouco tempo já está fazendo shows pelo estado, e quase lançando seu primeiro álbum. Tivemos uma conversa com Guilherme Ferreira, baixista e manager da banda, na qual ele falou um pouco sobre a banda.


Metal Legion: Como foi o processo de gravação do single “Born Again”?


Guilherme: Foi uma experiência incrível! Foi tudo meio corrido, a banda tinha pouco mais de 3 meses de vida, e já estávamos entrando em estúdio para a gravação do single. O Daniel (guitarra) havia entrado na banda apenas 2 semanas antes de iniciarmos as gravações, o cara se dedicou bastante pra pegar as músicas, foi uma verdadeira demonstração de dedicação, e que ele estava vestindo a camisa mesmo.

Como o estúdio fica em uma cidade cerca a de 160 km de Florianópolis, gravamos apenas durante os finais de semana, o que atrasou um pouco nosso cronograma. Felizmente, todo o processo foi bastante descontraído, o Deny (proprietário do estúdio) nos deu alguns toques bem legais, com certeza ele tem sua parte no resultado final, que considerei muito bom. A produção ficou por minha conta, juntamente com o Felipe (bateria), já tínhamos uma idéia do que queríamos, e bastou colocá-las em prática.


M.L.: Como a banda foi formada?


G.: Começamos meio que como um projeto, pois eu e o Felipe integrávamos outras bandas (Liberty Expression e Aldren Liebe, respectivamente). Tudo começou através de uma conversa no Gtalk, e a proposta inicial era fazermos um som mais moderno e pesado. Chamamos o André Mueller (ex-Anatriz) e o Rick Lopes (ex-Neverlasting, ex-Nevralgia) e formamos a banda. Deu tudo tão certo, as coisas foram acontecendo de uma forma tão rápida e direta que acabamos largando nossas bandas e nos dedicando apenas à Mindborn. Estamos realmente apostando nisso.
Mais tarde aconteceram algumas trocas de integrantes, como a saída do Rick e a entrada do Daniel Carvalho (ex-Érebo & Nix) e mais recentemente do Marcelo Rosa (ex-Negralgia).


M.L.: Quais são os temas abordados nas letras das músicas?


G.: Cara, eu escrevo a maioria das letras com a ajuda do André Mueller (afinal, o cara é professor de inglês né!). Geralmente eu expresso coisas que estou sentindo naquele momento, mas não de uma maneira particular. Tento fazer com que a pessoa, ao ouvir a música, se identifique com ela, saca? Procuro adaptar as letras nas partes certas, não gosto de simplesmente escrever qualquer coisa e “tentar” encaixar. Como eu componho as melodias vocais e também participo do processo de composição da música em si, procuro criar letras que tenham a ver com o instrumental. Eu penso “o que esta parte está pedindo?”, “Nessa escala acho melhor colocar algo mais triste, ou mais alegre”, sabe?
Geralmente as letras expressam sentimentos de raiva, amor, decepção, enfim, sentimentos do dia a dia, que todos nós temos de conviver em nossas vidas.


M.L.: Quais são suas influências?


G.: Muitas!!! Tenho influências de todo tipo de música. Acho que quando se faz algo com sinceridade e sentimentos verdadeiros, fica bom. Por isso não gosto de me restringir a nenhum estilo.
Minhas maiores influências são o Dream Theater, Dave Matthews Band, Nevermore, Death, Testament, Soilwork, Beatles... enfim, é bem variado!
Ultimamente tenho ouvido bastante Stone Sour, Strapping Young Lad, System of a Down, Killswitch Engaged, Trivium, Disturbed, Bullet for my Valentine, coisas desse tipo.


M.L.: A banda executa um estilo “moderno”, digamos assim, e muitas pessoas não gostam desse estilo de metal, como vocês lidam com isso?


G.: Cara, é complicado!!!! Até mesmo dentro da banda, sendo que o Daniel e o André são mais “Old School”, e eu e o Felipe somos mais moderninhos... sempre dava empate, enquanto eu e o Felipe queríamos tocar um cover de Slipknot ou System of a Down, os dois queriam Megadeth ou Testament. Ainda bem que o Marcelo chegou, e ele é dos moderninhos também (rsrs)!!!
Enfim cara... acho que o pessoal está abrindo a cabeça, vendo que algo “moderno” não é necessariamente ruim. Tenho muitos amigos mais “extremos” que vêm elogiar nossas músicas, e isso é muito satisfatório. A galera canta junto, eu encontro o pessoal na rua e as pessoas vem cantarolando na minha direção “You leave a trail of pain and sorrow...” e elogiam nosso som. Porra, é bom demais isso cara!!! Muito gratificante!
A tendência é seguir por esse caminho mesmo, moderno, pesado e direto. Uma proposta meio diferente do que habitualmente costumamos ver por aqui.


M.L.: Vocês são uma banda que começaram há pouco tempo e já estão com um nome grande, fazendo shows pelo estado. Como vocês conseguiram tamanho reconhecimento em tão pouco tempo?


G.: Trabalho duro e honestidade!! Essa é a receita! Estamos correndo atrás como loucos, tentando entrar em tudo que é festival ou evento. Encaramos a banda como uma “empresa”, que necessita de investimento e promoção. Temos um plano definido e uma estratégia de marketing, e acho que os resultados vêm sendo ótimos! A repercussão está muito além do que imaginávamos para uma banda com menos de 1 ano de vida.
Outro ponto forte na divulgação foi a liberação para download do single “Born Again” em nosso site e no nosso myspace.


M.L.: Como foram as críticas recebidas em relação ao primeiro trabalho “Born Again”?


G.: Surpreendentes!! A aceitação está sendo acima do que esperávamos, a galera esta curtindo mesmo!! A mídia especializada tem nos elogiado bastante, pelo nível das composições e pela qualidade da gravação.
Confesso que ficamos com um pé atrás antes de lançarmos, por ser algo diferente do que se vinha fazendo até então. Estávamos apreensivos com a resposta do público, porém, tínhamos a certeza de que se nos dedicássemos de corpo e alma, o resultado agradaria a todos. E pelo visto, é isso que vem acontecendo.

M.L.: Como estão os preparativos para o CD que tem previsão para lançamento no início de 2008?


G.: Uma correria total!! Não estamos conseguindo nos concentrar na finalização dos arranjos das músicas, queremos gravar uma pré-produção este ano ainda, porém, nossa agenda está apertada! Temos quase 10 shows até o final do ano, e não nos sobra muito tempo para nos concentrarmos na produção.
Entraremos em estúdio na segunda quinzena de janeiro, e esperamos ter o CD em mãos até Abril.


M.L.: Vocês já conseguiram grandes shows, como a abertura para o Jeff Scott Soto e ao lado da banda Almah, ambos em outubro. Pelo fato de serem grandes, Almah está entre as maiores do país e Jeff Scott Soto um dos maiores vocalistas do mundo, o quê vocês esperam dos shows?


G.: Temos a certeza de que estas duas apresentações abrirão muitas portas para a Mindborn. Além de chamarem um grande público, são artistas extremamente respeitados no meio musical, e será uma honra tocarmos com esses caras. Particularmente sou muito fã do Jeff Scott Soto, e estou muito feliz em poder dividir o palco com ele!

M.L.: Como está a aceitação por parte do público?


G.: Maravilhosa!! Em nossos shows, na internet, estamos sendo muito elogiados. Nosso myspace está sendo bastante visitado, e temos um grande público na Europa e nos Estados Unidos, o que nos deixa entusiasmados.


M.L.: Encerramos a entrevista deixando um espaço para a banda deixar um recado para os leitores do blog, muito obrigado, Metal Legion – SC.


G.: Gostaria de agradecer à equipe da Metal Legion pelo espaço cedido, pela oportunidade de estarmos divulgando a Mindborn. Gostaria de agradecer a todos que vêm nos apoiando, muito obrigado mesmo!! Vocês são muito importantes pra nós!

E para quem ainda não conhece a banda, não deixe de acessar nosso site: www.mindborn.com.br ou nosso myspace: www.myspace.com/mindborn . Você pode baixar nosso single completo totalmente grátis!

Um grande abraço, valeu!

Entrevista feita por: Henrique Hoffmann Maurílio
Revisão: Carla Acordi

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